
ROCK NA SERJUS

Abrindo a noite então, a Móbile Drink apresentou seu novo trabalho, bem pulsante como sempre apresentada pela competência de seu vocalista Ronan, no meio do salão, duas poderosas motocicletas, daquelas antigas, foram postas para compor o cenário, incrementavam ainda mais o lugar e galera se amarrou. Fechando a noite a banda Marafos, a ex-dona da casa, que teve a honra de fechar a noite com seu vigoroso rock valente e visceral, tocando entre suas músicas, covers para todos os gostos , de The Doors, com direito a jams inesquecíveis – isso vale para todas as bandas – até Led Zeppelin, enfim, um final que não queria ter fim. Entre elas , na segunda apresentação da noite os HABITANTES respiraram fundo até que o primeiro acorde fosse tocado e a sensação que se teve é que a respiração ficou presa até o fim, ou seja uma explosão de show, um dos melhores de sua trajetória.

No melhor estilo rock n roll, Enzo, o vocalista, já estava pra lá de Bagdá – O que deve ter tomado, esse garoto?! – não muito diferente, Rodrigues mandando bem como sempre nas baquetas mais competente do cenário, Vicentini no baixo, dispensando comentários, é impressionante como este cara é frio e profissional sem parecer, considerado o maestro da banda, fica atento a tudo, desenvolto à seu modo, é grande responsável pela estrutura da banda no palco. Impecável sempre! “Velocidade” abriu os trabalhos, cantada com um tremendo vigor por Leo Enzo – O que esse cara bebeu?! – e a noite estava garantida. Logo em seguida atacaram com “Hoje eu coração vai depor contra mim” com participação mais que especial do Neo, que veio de Porto Alegre diretamente para o show, numa performance assustadora de tão boa, "o cara defendeu canção", ouvi o poeta Henrique Enzo, autor das letras da banda, na platéia dizer pra alguém. Mas para mim uma canção que vem se destacando é “Suspeitas” que veio depois de “Se você encontrá-la, diga que estou bem” e “Adeus Paris”, sem contar com a ausente "Sob o sol da Revolução" aplaudida quando Enzo (Léo) gritou numa das partes da letra "Vamos desligar micros e ligar guitarras!". Mas voltando a “Suspeitas”, esta canção tem mesmo uma força incrível, não sei se por seus versos sombrios, mais a banda se revigora com ela e por tabela o público também.

E como sempre, a esperada e aguardada “Torres Gêmeas”, como de praxe encantou a todos. “Oh nem, larga essa máquina aí e vem pra cá!”, me convidava o Léo para dividir a honra dessa sublime canção. Foi o êxtase! - Quase larguei a máquina fotográfica no chão! - que ainda teve no palco, numa Jam para mortal nenhum botar defeito, a volta do Neo e o Leonardo, figura bacana da banda cabelo veludo. Então... “foi-se o telhado...” do casarão, e de repente parecia que tocávamos nas estrelas. Noite impecável! Vida longa ao “Rock na Serjus!” e aos Habitantes também! E mais ainda ao velho e bom Rock´n Roll, é claro!
Aaaaaah, realmente esta foi uma noite para ficar na memória de todos os amantes do bom e velho rock and roll e de músicas e bandas com conteúdo! Não deixem esta semente morrer, os frutos poderão ser infinitos...
ResponderExcluirAbraços a todos,
Neo.