sexta-feira, 12 de junho de 2009

Entrevista na Rádio CIC - Fundição Progresso dia 26.05.2009 16:00Hs


Vale também aqui registrar a participação dos habitantes na rádio da fundição progresso, uma rádio comunitária que alcança o Centro da Cidade e adjacências. Por conta de uma apresentação de Nem Queiroz, produtor da banda, este que vos fala (escreve), numa roda promovida pelo movimento CIC, atuante na casa, onde diversos jovens e participantes atuam debatendo sobre política social e coisas do gênero, intercalando o tempo com apresentações de desafios de rappes (hip-hop), Dj´s, e na brecha, participações especiais, no caso, a minha poesia (consegui sobreviver). Fiz amigos, fiz contatos, e com alguma habilidade, encaixei os meninos.
A entrevista foi leve, com a presença apenas do Rodriguez (Batera) e Vicentini (Baixo); O Enzo (vocal) estava preso no emprego (trabalha numa loja de instrumentos musicais) e não pode ir. Quero registrar aqui também a presença do Biel (filho do Rodriguez) de 12 anos, moleque esperto e já atento para as coisas (tendências musicais). O locutor , DJ Mozzca, levou tudo no improviso e mandou muito bem, com perguntas diretas, descontraídas e outras bem básicas do tipo, como nasceu a banda, há quanto tempo, influências, onde tocou, etc, deram o clima da entrevista, que era recortada por músicas da banda. Foi uma tarde feliz!
Go, habitantes, go!
Nem Queiroz (produtor da banda); Rodriguez; Vicentini e Dj Mozzca.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sallon - Botafogo - 03 de Junho 2009. Uma noite fria lá fora e quente por dentro!

Uma noite fria lá fora e quente lá dentro! Os Habitantes entraram por volta das 22:30 depois da banda Tapete Red, que teria inda, fechando a noite, a banda Soldados do Q? O salão estava relativamente cheio, noite de futebol (copa do Brasil), e ainda gelada como aquela, não é fácil tirar as pessoas de casa, no entanto, estava lindo! Atacamos com “Velocidade”, música que vem abrindo os shows, dando bons resultados, os meninos estão se afinando, Fabrício, sempre seguro no baixo, precisa assumir de vez a segunda voz, parece inseguro nesta decisão e isto não é bom, algumas vezes via o Léo, o vocal, olhando de volta para ele, esperando que ele entrasse com a voz, o que não acontecia, atrapalhando um pouco na performance do vocal e na execução da própria música, mas nada que comprometesse a exibição da canção. O Jefferson, solitário lá atrás segurava firme nas baquetas, numa de suas melhores e mais seguras apresentações. Nisso já tinha ido “Hoje teu coração vai depor contra mim”, anunciada, desta vez, como sempre deveria ser, com uma voz firme e clara, o que não vem ocorrendo. Boa! A execução de “Pombos”, canção mais introspecta, me causou dessa vez uma ótima sensação de que a canção entrou; gostei muito também de “Suspeitas”, penúltima canção da noite dos Habitantes, parecia que os motores esquentavam de vez, bastante pulsante e agressiva, tirou o Léo do chão, que gritava “somos os sombras negras”, adaptando uma das frases da belíssima canção, explosivo e contagiante, um dos melhores momentos da noite; e em seguida, a melhor execução da melhor canção da banda, já conhecida e cantada por quem acompanha os trovadores, a maravilhosa “Torres Gêmeas”! A banda tinha alçado seu vôo, mas era a última da noite e então ficamos com um gostinho de quero mais. Muito bom o show! Parabéns Habitantes.



BANCA DO BLUES - 22 de Maio 2009 - A Estréia!

A Banca do Blues é sem medo de errar o lugar mais rock´n´roll do Rio de Janeiro, hoje. Espaço democrático e aberto (no meio da rua), dá mais personalidade ao clima rock que só vemos em lugares fechados pela penumbra de paredes negras e roupas idem, que aliás pouco existem hoje em dia, pelo menos por aqui. Lá não, é na rua mesmo, mas tudo muito bem organizado, com um som de primeira e assistência à altura. Lá se apresentam as melhores bandas de rock e principalmente Blues (é claro), do pedaço, onde ficam rodeadas por um público atuante e participativo que se aglomera democraticamente na calçada de frente para a Banca mais querida do Rio de Janeiro, para assistir o show e consumir cerveja comprada ali mesmo, na banca de um cara que merece o nosso aplauso, apesar do seu temperamento durão e direto, seu nome, Paulo acompanhado sempre de sua esposa Denise, considerados o casal n.1 do Blues da cidade maravilhosa. Todo mundo quer tocar na banca do Blues. O HABITANTES tocou! Depois de muita negociação, conseguimos convencê-lo de que merecíamos uma oportunidade. Quebrado o gelo, metemos a mão na massa, convidamos todos os amigos; abriríamos o show; uma banda de covers-classic-rock, chamada 70street fecharia com chave de ouro, o espetáculo. As apresentações seriam formidáveis.
Era por volta das 21:30 de uma sexta, a noite estava linda e perfeita, os habitantes não poderiam ter melhor oportunidade para reiniciar seus trabalhos. Era a primeira apresentação da banda no ano (maio de 2009), estávamos acabando de mixar o novo cd, mas sedentos para tocar ao vivo e num lugar como aquele, era tudo que a banda precisava. Tocar na rua, para dezenas de pessoas que te aguardam e tantas outras que passam e param e te observam ...e gostam! Putz, era o máximo! A praça estava cheia e os aplausos eram para quase todas as canções, num lugar que sempre foi dedicado (geralmente) a apresentações covers, tributos e homenagens aos grandes mitos do rock, e de repente um trabalho autoral que estava dando a cara, sendo bem aceito, compreendido e aplaudido?! Era a consagração! Muito especial.

Então por volta das nove e meia da noite, quando Jefferson Rodrigues se dirigiu para o seu banquinho enquanto afiava suas baquetas uma na outra como se preparasse para devorar algum prato especial e o Léo gritou “Velocidade” (música de abertura) e entrou com sua guitarra Rickenbaker, invadindo nossos ouvidos com belas melodias e uma rispidez veloz, ao lado de automóveis que passavam em velocidade simultânea e mais as luzes dos prédios ao redor ilustrando a canção, o show logo pegou corpo, era também, de certa forma, uma confirmação da força que a banda preservou agora como Power trio, tendo Léo Enzo, não só mais na guitarra apenas, como também vocal definitivo, depois de uma boa jornada à procura por alguém que pudesse se encaixar tão bem quanto parece que ele se encaixou.

Na verdade, nos primeiros acordes da primeira canção da noite, a caixa de baixo falhou um pouco, tossindo nos graves, mas Vicentini, sagaz e esperto, regulou rapidinho o som tosco que a caixa emitia e continuou tocando seu baixo com a competência de sempre. A execução de “Adeus Paris” e “Pombos” ( canção estreante), as mais densas da banda, não causou o impacto esperado, muita conversa do público e agitação para elas, que um coverzinho dos Bealtles cuidou logo de sarar, a canção era “Ticket to Ride” e pronto, a galera voltou a vibrar e pediu bis, mas como tudo que é bom dura pouco, restava apenas mais dois cartuchos e foi “Suspeitas” que recuperou de vez o fôlego, deixando para a canção mais conhecida da banda fechar a noite de glórias! “Torres Gêmeas”, é claro e como sempre, arrancou suspiros de alguns e aplausos de todos, que fazia coro no refrão e que obviamente desejava ouvi-la mais uma vez, no bis, que até veio, mas com “Velocidade”, a primeira da noite e agora a última de fato, que teve ainda a participação surpresa e ilustre de Jefferson Volve, o último vocalista da banda, que atacou o microfone, sugerido com um gesto pelo baixista Vicentini, com tanta gana que acabou quebrando o pedestal; imediatamente ouvimos o ruivo silencioso do Paulo, o dono da banca, mas tudo foi contornado depois, deixamos para ele o nosso pedestal, que aliás era do próprio Volve e ficou elas por elas. Nada demais, quando se trata de uma legítima noite de rock´n´roll!
Valeu Rodrigues, Enzo e Vicentini! Valeu habitantes! Até a próxima!